O intestino não precisa do cérebro para ‘tomar decisões’, ele possui um sistema nervoso autônomo, que permite funcionar “sozinho”, independente do Sistema Nervoso Central (SNC). O órgão é chamado de segundo cérebro por especialistas devido a ser constituído por, pelo menos, meio bilhão de neurônios. Além do grande volume de neurônios, nosso segundo cérebro tem ainda mais semelhança com o cérebro em nossas cabeças.
A massa de tecido neural em nosso intestino produz mais de 30 neurotransmissores diferentes, que são moléculas sinalizadoras tipicamente associadas ao cérebro. Revestido por uma imensa rede de células nervosas, ele é responsável por produzir vários neurotransmissores e, ao contrário dos demais órgãos, que apenas recebem informações vindas do cérebro, a rede neuronal do intestino também envia informações e é capaz de interferir em nossa atividade mental.
O nosso intestino e o cérebro estão intimamente interligados. Basicamente, o intestino é responsável pela produção dos neurotransmissores como a serotonina, dopamina e ácido gama-aminobutírico (GABA), todos os quais desempenham um papel fundamental na regulação do humor. Estima-se que 90% da serotonina seja produzida no trato digestivo. Tais neurotransmissores nos permitem experimentar a realidade a partir de sensações como fome, frio, prazer e até amor.
Além de terapias psicológicas, técnicas de atenção plena como meditação e a massoterapia podem ser úteis em manejar os sintomas e o estresse. Essas práticas promovem relaxamento e podem ajudar a melhorar o estresse geral.
Uma alimentação rica em fibras ajuda a normalizar a situação do seu intestino e te proporciona uma vida muito mais tranquila. Insira brócolis, abóbora, feijão, grão de bico, batata doce, milho e outros alimentos fibrosos na sua dieta e faça as pazes com o seu intestino.
Os probióticos também são uma forma natural de aumentar a serotonina, pois a maior parte da serotonina no corpo é produzida por bactérias boas presentes nos intestinos. O que você pode fazer para se cuidar? Beba mais água, consuma fibras, pratique atividade física, atenção aos níveis de estresse, cuide do seu sono, tente não segurar as fezes.
Estresse e a ansiedade podem ter um efeito significativo na saúde intestinal, causando, entre uma série de questões, a diarreia emocional. Quando se está ansioso, o seu corpo direciona o fluxo de sangue para longe do sistema digestivo e para outras partes do corpo, como os músculos e o cérebro. Isto pode retardar a digestão e causar sintomas como dor abdominal. Frutas vermelhas e folhas verdes escuras tem o alto poder nas atividades antioxidantes e anti-inflamatórias; sementes ricas em ômega-3 ajudam a reduzir a inflamação e a manter o revestimento do cólon saudável.